sábado, 17 de junho de 2023

Juízes e ministros de tribunais superiores apostam que Bolsonaro ficará inelegível na próxima semana

 Caso Bolsonaro seja considerado inelegível, ele ficará impedido de concorrer por oito anos, a partir das eleições de 2022

Benedito Gonçalves (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: TSE | ABR)

Ministros dos tribunais acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro se tornará inelegível no julgamento do TSE marcado para a próxima quinta-feira. De acordo com eles, há uma tendência desfavorável ao ex-mandatário. No entanto, as consequências políticas dessa inabilitação têm opiniões divergentes nos tribunais do país, segundo aponta reportagem do jornalista Matheus Teixeira, da Folha.

Alguns membros dos tribunais superiores consideram que retirar Bolsonaro do jogo neste momento seria prejudicial, pois anteciparia a disputa presidencial de 2026 e fortaleceria politicamente um herdeiro do bolsonarismo, possivelmente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Embora seja próximo de Bolsonaro, Tarcísio é bem visto pelo Supremo e pelo TSE devido à sua boa relação com a cúpula do Judiciário e ao afastamento das ofensivas do ex-presidente contra essas instituições.

O relator da ação que pode tornar Bolsonaro inelegível é o ministro Benedito Gonçalves, do STJ, que tem uma relação próxima com o presidente Lula e busca uma indicação para o STF. Ele será o primeiro a votar e a decidir se a reunião de Bolsonaro com embaixadores configura abuso de poder político. A ação foi iniciada a partir de uma representação do PDT, partido aliado de Lula.

Caso Bolsonaro seja considerado inelegível, ele ficará impedido de concorrer por oito anos, a partir das eleições de 2022. O relatório de Benedito Gonçalves, que inclui depoimentos de testemunhas, respalda a posição da PGE, que opinou pela inelegibilidade de Bolsonaro devido ao abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A Procuradoria destacou que as distorções e inverdades repetidas pelo ex-presidente durante a reunião influenciaram negativamente o eleitorado e geraram consequências violentas, com a desconfiança do sistema eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornalista Matheus Teixeira da Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário