terça-feira, 27 de junho de 2023

Governo Lula diz na ONU que Bolsonaro promovia um processo de genocídio

 Presidente do Comitê de Direitos Humanos da ONU, Tania Maria Abdo Rocholl, considerou que as mortes pela Covid-19 no país atingiram números “muito elevados" durante a pandemia

Bolsonaro e enterro durante a pandemia da COVID-19 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Bruno Kelly)

Rede Brasil Atual Representação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (27) que um processo de genocídio contra povos indígenas estava em curso sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O país está sob sabatina do Comitê de Direitos Humanos da ONU nesta semana. Peritos estrangeiros cobram respostas do governo para o que chamam de “questões estruturais e sistêmicas” em diversas áreas. Em especial sobre a situação da pandemia de Covid-19 e a crise humanitária envolvendo os povos indígenas. A informação é do colunista do UOL Jamil Chade.

A presidente do Comitê, Tania Maria Abdo Rocholl, considerou que as mortes pela Covid-19 no país atingiram números “muito elevados”. Ainda nesta segunda-feira (26), ela pediu explicações sobre a existência de alguma campanha para conscientizar a população sobre os riscos da pandemia. E quais medidas foram tomadas para proteger grupos mais vulneráveis, como indígenas e negros.

Tania se disse preocupada com o fato de o país ter sido alvo de medidas inadequadas por parte da cúpula do governo. E que no caso da covid, “o mais alto nível” político tenha tratado a doença como uma “gripezinha” e pressionado pela volta ao trabalho.

Em resposta na manhã desta terça, a delegação brasileira afirmou que a negligência e o negacionismo no tratamento da pandemia. E que enquanto a vacinação e distribuição de máscaras eram lentas e insuficientes,o governo Bolsonaro se dedicava a enviar para as comunidades kits de tratamento precoce, sem efeitos comprovados. Em resumo, Bolsonaro não seguiu as recomendações internacionais para preservar a vida.

O Comitê da ONU foi informado de que a situação foi pior em relação aos povos indígenas, que tiveram atendimento negado em terras não demarcadas. O governo brasileiro também informou aos peritos que, no caso do povo ianomâmi, com Bolsonaro “estava em curso um processo de genocídio”. E que “omissões” permitiram que as terras indígenas fossem invadidas por 30 mil garimpeiros e criminosos. Por isso, a meta é salvar o povo ianomâmi e expulsar os invasores..

Fonte: Rede Brasil Atual

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