quinta-feira, 22 de junho de 2023

Gleisi cobra ação do Senado após BC decidir manter juros mais altos do planeta

 Presidente do PT afirmou que o Banco Central de Roberto Campos Neto sabota a economia do País

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

 A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi às redes sociais manifestar sua indignação após o Banco Central decidir, mais uma vez, manter a taxa básica de juros em 13,75%, apesar dos indicadores que apontam para uma redução na inflação. O Brasil possui o juro real mais elevado do mundo. 

A dirigente cobrou uma ação do Senado para analisar a remoção de executivos da autoridade monetária, que, segundo ela, atua para sabotar a economia de forma proposital. "Não há mais como tolerar esta situação. O certo é a saída desse pessoal", disse Gleisi em uma postagem. 

O patamar do índice encontra-se alto e na contramão do cenário econômico, com expectativa de alta no Produto Interno Bruto (PIB) e de queda na inflação. No entanto, o BC nem sequer indicou claramente que mudará os rumos da política monetária, insistindo no caminho do aperto. 

A Lei Complementar 179/2021 estabelece que cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) uma das poucas modalidades que poderiam levar à queda do comando da instituição. Integram o CMN, além de Campos Neto, os  ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento).

A legislação estabelece que o presidente e os diretores podem ser exonerados “quando apresentarem comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central”. Em 2022, a inflação no País ficou acima da meta da instituição pelo segundo ano consecutivo. Neste caso, o CMN deveria submeter ao presidente da Lula a proposta de exoneração, cuja aprovação, dependeria de maioria absoluta no Senado.

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