A Polícia Federal (PF) identificou um funcionário do MEC (Ministério da Educação) suspeito de participar do suposto esquema criminoso de compra de kits de robótica de uma empresa ligada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o funcionário comissionado do MEC é Alexsander Moreira. Ele é um dos alvos da PF, que cumpriu na quinta-feira (1°) mandados de prisão e de busca e apreensão contra investigados no caso.
As autoridades identificaram movimentações financeiras suspeitas de R$ 737 mil, sendo parte do valor depositada em espécie, entre outubro de 2021 e novembro de 2022.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Alexsander era coordenador-geral de Apoio às Redes e Infraestrutura Educacional. A área tem atuação no sistema de transferências de recursos por onde saiu o dinheiro para os kits, o chamado PAR (Plano de Ações Articuladas).
Já no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele subiu de cargo. Desde fevereiro, Moreira responde pela diretoria de Apoio à Gestão Educacional, dentro da Secretaria de Educação Básica do MEC. Ele está na pasta desde 2016.
Alexsander recebeu três depósitos de um homem cuja empresa foi representada por Edmundo Catunda, sócio da Megalic e com estreita proximidade com Lira. Foi ele quem assinou uma nota técnica do MEC para subsidiar resposta do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) aos questionamentos do TCU (Tribunal de Contas da União).
O MEC, no entanto, informou que “determinou o afastamento imediato do servidor comissionado supostamente envolvido e que irá colaborar prontamente com as investigações em curso”.
Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo
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