Defesa cobra explicações sobre comentários feitos por Lula de que uma mansão nos EUA pertencente a familiares de Mauro Cid seria, na verdade, de Jair Bolsonaro
Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) entraram com um requerimento no Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dê explicações a respeito de seus comentários sugerindo uma conexão entre o ex-presidente e uma mansão de luxo nos Estados Unidos.
A solicitação de esclarecimentos no STF é uma etapa prévia à possível apresentação de uma queixa-crime contra Lula por supostos crimes contra a honra, como difamação e injúria. A medida foi tomada nesta quinta-feira (22), mesmo dia em que Bolsonaro enfrenta o julgamento de uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que poderá resultar em sua inelegibilidade devido a ataques ao processo eleitoral brasileiro. A informação é do jornal O Globo.
Conforme mencionado na petição enviada ao STF, durante um evento do governo federal ocorrido em 11 de maio em Salvador, Lula fez insinuações sobre uma mansão na Califórnia (EUA) que pertenceria a familiares do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. O militar está preso pela suspeita de falsificar cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e aliados próximos.
Na ocasião, Lula afirmou que "agora mesmo, acabaram de descobrir uma casa, uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de 8 milhões de dólares não é para o ajudante de ordem; certamente, é para o paladino da discórdia; o paladino da ignorância; o paladino do negacionismo".
De acordo com a reportagem, a defesa do ex-mandatário afirma que "as insinuações feitas pelo Indagado (Lula), das quais poderão surgir implicações penais, além das medidas de natureza civil, basearam-se em inferências decorrentes de notícias divulgadas na imprensa, naquelas datas, que relatavam o patrimônio constituído nos EUA pelo irmão do ex-ajudante de ordens do Indagante - Tenente-Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid".
Os advogados também afirmam que "é importante ressaltar que não há, e nunca houve, qualquer relação do Indagante (Bolsonaro) com a propriedade em questão" e que a "hipótese fantasiosa insinuada" tinha o objetivo de "atingir a honra e a imagem" do ex-ocupante do Palácio do Planalto.
Os advogados também pedem que Lula explique o que quis dizer ao afirmar que a mansão certamente é do “paladino da discórdia”, a quais pessoas se referiu e em quais provas se baseou. O pedido é assinado pelos advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser, Saulo Segall, Thais Guimarães, Clayton Soares, Bianca Capalbo Lima e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247 com informação do jornal O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário