Na última sexta-feira (9), o ex-deputado Deltan Dallagnol foi aconselhado pelo deputado bolsonarista Marco Feliciano (PL) a deixar o país. O ex-procurador da Lava Jato, além de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode ter que devolver R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.
O parlamentar deu o conselho depois de assistir a um vídeo de Dallagnol. “Pela manhã assisti um vídeo do meu irmão em Cristo Deltan Dallagnol. Confesso, fiquei sensibilizado”, escreveu Feliciano em sua conta no Twitter.
“Se meu irmão me pedisse um conselho, eu daria esse: busque asilo político em um país onde a democracia seja plena. Você tem documentos de sobra para justificar o pedido. Já tomaram seu mandato, irão dilapidar seu patrimônio. Há um processo de vingança em andamento. E logo depois de você, serão outros”.
No vídeo citado por Feliciano, Deltan aparece criticando decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, na última quarta-feira (7), rejeitou recurso do ex-deputado contra decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele afirmou ainda ser vítima de perseguição política.
“Mais uma bomba foi jogada em mim essa semana e agora também sobre a minha família. Eu fico me perguntando onde está a Justiça nesse país, eu tô (sic) revoltado”, afirmou o ex-parlamentar em vídeo divulgado nas redes sociais.
No processo, Dallagnol foi condenado pelo pagamento de diárias, passagens e gratificações à força-tarefa da Lava Jato no Paraná. O prejuízo foi calculado e chega próximo dos R$ 2,8 milhões.
O ex-procurador da Lava Jato perdeu o mandato de deputado nesta semana. A Câmara executou a decisão do TSE, que entendeu que Dallagnol burlou a Lei da Ficha Limpa ao se exonerar do Ministério Público Federal (MPF). Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) ficará com a vaga de Deltan.
Fonte: DCM
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