Coronel Jean Lawand Júnior aparece em mensagens trocadas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, defendendo um golpe de estado para impedir a posse de Lula
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro aprovou nesta terça-feira (20) um requerimento convocando o coronel Jean Lawand Júnior. Lawand, que ocupava o cargo de subchefe do Estado Maior do Exército até pouco antes do fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL). Lawand aparece em mensagens trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então mandatário, defendendo um golpe de estado para impedir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de tomar posse
Diálogos encontrados durante uma perícia da Polícia Federal no telefone celular de Mauro Cid revelam frases como "convença o 01 [referência a Jair Bolsonaro] a salvar esse país", "o presidente vai ser preso" e "Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele, cara". Após a divulgação das mensagens, o Exército emitiu uma declaração afirmando que se tratam de "opiniões pessoais" e não representam o posicionamento da instituição.
O requerimento para convocação de Lawand não estava originalmente na pauta da CPMI, mas foi incluído a pedido do presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), após pressões da base governista. Parlamentares da base governista apresentaram o requerimento na semana passada, logo após a revista Veja divulgar o conteúdo das mensagens golpistas.
Por outro lado, após resistência da base governista em convocar Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Lula, para prestar depoimento no colegiado, os parlamentares cederam à pressão e concordaram com a convocação do general.
O requerimento para convocação de GDias, como o militar é conhecido, foi aprovado de forma simbólica na comissão, mas ainda não há data definida para seu depoimento.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário