Coronel Jean Lawand Júnior usou o direito de permanecer em silêncio após ser questionado sobre duas das mensagens de cunho golpista trocadas com Mauro Cid
O coronel do Exército Jean Lawand Júnior usou o direito de permanecer em silêncio após ser questionado pelo deputado federal Duarte (PSB-MA) sobre uma mensagem enviada por ele ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), enviada no dia 21 de dezembro
"Por qual motivo, no dia 21 de dezembro, o senhor demonstrou decepção?", questionou o parlamentar sobre uma das mensagens de cunho golpista trocadas entre Lawand e Cid que foram encontradas pela Polícia Federal no celular do ex-braço-direito de Bolsonaro. “Desejo manter meu direito ao sigilo", respondeu Lawand laconicamente.
A mensagem enviada pelo coronel a Mauro Cid dizia: "Que decepção". Em resposta, Cid respondeu com uma palavra apenas: “infelizmente”. "Peça, por favor, para avisarem ao povo que está há 52 dias usando banheiros químicos, dormindo mal e enfrentando chuva. Eles merecem saber a verdade! Que Deus tenha piedade dessa nação", retrucou Lawand.
Outra pergunta a qual Lawand não respondeu partiu da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS): "o senhor disse 'diga para o presidente não recuar agora'. Não recuar do quê? De promover a paz?". Na sequência, o depoente declarou: "prefiro permanecer calado".
"Seu silêncio fala muito alto. O senhor quer dizer que Bolsonaro não queria promover a paz", concluiu a senadora.
Durante a audiência, Lawand pediu desculpas pelas mensagens trocadas, que vieram a público após uma investigação da Polícia Federal.
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