Nesta
terça-feira (13), A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que
investiga os ato terroristas do 8 de janeiro se reúne para votar os primeiros
pedidos de convocação e convite para depoimento. Também está prevista, na
reunião, a análise de requerimentos para compartilhar informações sobre os
ataques que culminaram na destruição da Praça dos Três Poderes em Brasília.
Ao todo, o deputado Arthur
Maia (União-BA), presidente do
Senado pautou 285 pedidos dos parlamentares. Desses, 62 são de autoria apenas da relatora, senadora Eliziane Gama
(PSD-MA). Não espera-se, no entanto, que nesta sessão seja votado nenhum pedido
de quebra de sigilo.
Aliados do governo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), na reunião, devem explorar rivais e possíveis contradições
do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os fatos em questão.
A oposição, por outro lado, tentará impor a narrativa de que
integrantes do governo Lula foram omissos com os atos que destruíram as
instalações públicas.
Na lista de possíveis pedidos de convocação
para depoimento, estão previstas a análise de nomes que atendem aos dois lados.
São eles: Anderson Torres, ex-secretário
de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; Gonçalves
Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI); Braga Netto,
ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente; Fábio
Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia
Militar do DF; Jorge Naime,
ex-comandante de Operações Polícia Militar do DF; Saulo Moura da
Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin); Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal
(PRF); Augusto Heleno,
ex-ministro-chefe do GSI; Elcio Franco,
ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde; Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça
e ex-interventor do DF; Robson Cândido,
delegado-geral da Polícia Civil do DF; e George
Washington de Oliveira Sousa, Alan
Diego dos Santos e Wellington
Macedo de Souza, suspeitos de
tentar explodir um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília.
Além desses pedidos, pode ser votado também
o compartilhamento de provas e informações relacionadas, por exemplo; a dados extraídos pela PF dos celulares de
Bolsonaro, Cid, do ex-militar Ailton Barros e dos suspeitos da tentativa de
explosão no Aeroporto de Brasília; a disponibilização
dos alertas da Abin aos órgãos do governo sobre o 8 de janeiro; a disponibilização do Plano Escudo, feito pelo
GSI, de defesa dos palácios; a disponibilização
de arquivos de imagens, internas e externas, de edifícios da Esplanada; documentos do Supremo Tribunal Federal e da
Justiça Federal de Brasília; e
informações sobre os conteúdos relacionados aos atos em redes sociais de
responsabilidade do Twitter, Meta, Discord, Kwai, Telegram e TikTok.
Fonte: DCM
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