Presidente destaca a resistência da Venezuela diante de ameaças e ações hostis
O presidente Nicolás Maduro afirmou nesta segunda-feira (29) que a Venezuela está preparada para enfrentar os desafios futuros, tanto políticos quanto eleitorais. Em declarações à imprensa ao lado de seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua visita oficial depois de oito anos, o governante destacou que o país defendeu seu direito à independência, soberania e "conquistou a paz que tentaram nos tirar".
Segundo reportagem da Prensa Latina, Maduro fez um relato das adversidades enfrentadas pela República Bolivariana desde 2015 e denunciou que a Venezuela tem sido vítima de uma "campanha feroz" tanto pelos meios de comunicação tradicionais quanto pelas redes sociais. Ele ressaltou que essa campanha midiática acompanha a agressão econômica e política, bem como as ameaças de várias naturezas, que ninguém deve esquecer. O presidente mencionou uma série de eventos, como a tentativa de assassiná-lo em agosto de 2018, a tentativa de impor autoridades paralelas em 2019 e levar o país a uma guerra civil. Além disso, destacou as ameaças de invasão militar feitas diretamente pela Casa Branca, pelo Pentágono e pelo Comando Sul dos Estados Unidos.
Maduro lembrou a tentativa de invasão por um grupo de mercenários treinados e financiados na Colômbia em 2020, que foi controlada graças à união cívico-militar e policial. Toda essa agressão política, diplomática, econômica, financeira e comercial foi acompanhada por uma agressão midiática que impôs uma narrativa no mundo de que "a Venezuela é um Estado falido e não democrático", comentou. Ele enfatizou que tudo isso foi acompanhado pela "invisibilização das coisas boas" que acontecem na República Bolivariana.
Maduro ressaltou que toda essa agressão, essa "tortura ao corpo" da Venezuela, gerou uma nova consciência nacional de amor ao país. Segundo ele, hoje o país é diferente, com importantes setores da sociedade venezuelana, incluindo a classe média, empresariado e trabalhadores, que possuem uma consciência muito diferente daquela de cinco, 10 ou 15 anos atrás, prevalecendo um senso de pertencimento como venezuelanos e como nação. Ele enfatizou que "todo o país" assumiu as dificuldades e está trabalhando para superá-las.
O chefe de Estado bolivariano destacou que pouco se sabe no mundo sobre esses 24 anos de Revolução, que incluíram 29 eleições, um recorde mundial. Ele lembrou que as forças políticas aliadas ao chavismo (seguidores de Hugo Chávez) venceram em 27 ocasiões, tendo perdido apenas o referendo de 2007 e a Assembleia Nacional em 2015.
Maduro viajou para o Brasil em visita oficial e está prevista sua participação nesta terça-feira na reunião convocada por Lula com seus pares sul-americanos.
Fonte: Brasil 247
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