segunda-feira, 8 de maio de 2023

"Segurança jurídica não pode ser invocada para dar cobertura a sacanagem", diz Gleisi, sobre Eletrobrás

 Presidente do PT apontou que a Eletrobrás é um ativo do povo, repassado ao privado por preço baixo e deixando o Estado, mesmo com mais de 40% das ações, apenas com 10% de mando

Gleisi Hoffmann e Eletrobrás (Foto: Reprodução | Agência Câmara)

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, saiu nesta segunda-feira (8) em defesa das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a privatização da Eletrobrás. 

"Que história é essa de dizer que as declarações de Lula sobre a Eletrobrás são ruins para credibilidade do País? Ruim para o país foi a venda da Eletrobrás", disse Gleisi pelo Twitter. Nesta segunda, o jornal Valor Econômico publicou reportagem na qual ouviu especialistas do mercado financeiro que criticam as manifestações do presidente Lula e defendem a manutenção da Eletrobrás privatizada. 

Gleisi Hoffmann apontou também que a Eletrobrás é um ativo construído pelo povo, repassado ao privado por preço baixo e deixando o Estado, mesmo com mais de 40% das ações, apenas com 10% de mando. "Segurança jurídica não pode ser invocada pra dar cobertura a sacanagem. Tá certo o presidente Lula! Tem de reaver a Eletrobrás", disse Gleisi. 

Direção da Eletrobrás confronta e tenta manter privatização

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Advocacia-Geral da União (AGU) entrarem com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando trechos da privatização da Eletrobrás, a direção da companhia divulgou 'fato relevante' pelo qual contesta a iniciativa do governo federal.

Segundo o documento, publicado nesta segunda-feira (8), "a finalidade da ADI [Ação Direta de Inconstitucionalidade] não seria a reestatização da Eletrobrás nem a alteração de seu regime jurídico vigente", mas sim recuperar a "preponderância" da União "nas deliberações da assembleia geral, tendo em vista a participação detida por referido grupo nas ações ordinárias da Companhia em circulação, o que contraria as premissas legais e econômicas que embasaram as decisões de investimento do mercado - inclusive os milhares de trabalhadores titulares de contas do FGTS -, a partir de modelagem desenvolvida pela própria União". 


Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

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