A deputada falou em supostas ligações do chefe do Executivo goiano com pessoas investigadas por envolvimento no tráfico de drogas. O debate aconteceu na CPI do MST
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) bateu duro no governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), após ele acusar integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de envolvimento com o tráfico de drogas. Em recado ao chefe do Executivo, a parlamentar disse que a lista de doadores da campanha dele "conta com nomes conhecidos".
Em discurso na Câmara, Sâmia Bomfim citou Alexandre Funari Negrão (1953-2023), conhecido como Alexandre Medley, ex-piloto de automobilismo. "Alexandre Medley, que foi um dos principais doadores da sua campanha e que no ano 2000 foi indiciado na CPI do Narcotráfico após ser flagrado operando refino de cocaína", afirmou a deputada.
Nos anos 2000, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Medley teve documentos e objetos apreendidos durante investigações sobre o tráfico de drogas no Brasil. Ele fundou um dos maiores laboratórios de medicamentos genéricos do Brasil.
Confira abaixo um trecho do relatório da CPI do Narcotráfico, que aconteceu em 2000:
A parlamentar também afirmou que o governador "esqueceu de dizer que o seu tio Antonio Ramos Caiado está na lista suja do trabalho escravo porque foram encontrados quatro trabalhadores em situação análoga à escravidão".
O pecuarista Antônio Ramos Caiado Filho foi incluído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na atualização da relação de empregadores flagrados com trabalho escravo.
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