quarta-feira, 31 de maio de 2023

“Que crime cometi?”, questiona Deltan Dallagnol após ser intimado pela PF

 "Acabei de receber intimação sem que seja dito número dos autos, se sou ouvido como testemunha ou investigado", reclamou o ex-deputado e ex-procurador da Lava Jato

Deltan Dallagnol (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi surpreendido nesta terça-feira (30) com uma intimação da Polícia Federal para prestar um depoimento remoto à corporação. Ele terá de acessar o link de uma vídeo chamada, enviado ao seu e-mail, para falar com os investigadores.

“Acabei de receber intimação sem que seja dito número dos autos, se sou ouvido como testemunha ou investigado. Apenas dizendo que é ordem de um tribunal superior. Depois de uma perseguição política, agora há uma perseguição policial. Que crime cometi? Só coloquei corruptos na cadeia”, resmungou Dallagnol na Câmara após receber o documento.

O ex-parlamentar teve o mandato cassado este mês por causa da Lei da Ficha Limpa, que proíbe candidatura de integrantes do Ministério Público se houver pendência de análise. A federação PT, PCdoB e PV foi a responsável pela ação judicial contra Dallagnol, que, na campanha eleitoral do ano passado, tinha reclamações no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) sendo analisadas. 

O ex-procurador da Operação lava Jato havia sofrido outra derrota judicial, na semana passada, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em março do ano passado, determinou ao ex-deputado o pagamento de R$ 75 mil para o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por conta da apresentação do Power Point em 2016. 

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