Depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal está marcado para a terça-feira (16)
O depoimento que Jair Bolsonaro (PL) irá prestar à Polícia Federal (PF) na terça-feira (15), no âmbito do inquérito que apura a suspeita de fraudes nos cartões de vacinação contra a Covid-19 do ex-mandatário e de seus familiares, além de aliados próximos, também será marcado pelos questionamentos dos investigadores acerca de movimentações financeiras feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então ocupante do Palácio do Planalto. A informação é da coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo.
Cid foi preso pela PF no dia 3 de maio durante uma operação para apurar a suspeita das fraudes nos cartões de vacinação. Ao cumprir um mandado de busca e apreensão, os agentes encontraram US$ 35 mil em R$ 16 mil em espécie no interior da residência do militar.
“Segundo as investigações, os valores teriam sido sacados de uma conta que Cid mantém em Miami. A operação teria ocorrido durante uma viagem que ele fez ao Estados Unidos, no fim de março. O retorno do militar com o montante teria acontecido um dia antes de o ex-presidente Bolsonaro retornar ao Brasil, após passar uma temporada de três meses na Flórida, nos Estados Unidos”, destaca a reportagem.
A PF também questionará se Bolsonaro e seus familiares teriam se beneficiado dos valores movimentados pelo ex-braço-direito do ex-mandatário.
Nesta segunda-feira (15), o jornalista Aguirre Talento, do UOL, revelou que “a Polícia Federal encontrou, em trocas de mensagens por WhatsApp, as imagens de sete comprovantes de depósitos em dinheiro vivo feitos por Cid, que foram encaminhadas às assessoras da então primeira-dama [Michelle Bolsonaro]”. Os repasses, realizados de maneira fracionada, foram realizados no período de 8/3/2021 até 12/05/2021 e totalizaram R$ 8,6 mil.
Um outro ponto que a PF busca esclarecer diz respeito a um depósito de R$ 400 mil feito no ano passado em uma conta bancária pertencente a Mauro Cid. O objetivo é apurar se o montante teria sido utilizado para pagar despesas da família Bolsonaro. Os investigadores suspeitam que o dinheiro teria sido obtido por meio do desvio de recursos públicos.
Fonte: Brasil 247 com jornalista Bela Megale na sua coluna no jornal O Globo
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