No entanto, diante das novas investigações da Polícia Federal contra golpistas bolsonaristas, a comissão pode nem ser instalada
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indeferiu as questões de ordem apresentadas pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) contra o movimento político articulado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e abriu caminho para que o governo Lula (PT) tenha maioria na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá apurar os atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Segundo a Folha de S. Paulo, Pacheco também avalizou uma manobra do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tfavoreceu o PT na composição do colegiado.
A decisão sobre a questão de ordem em torno da mudança feita por Randolfe - que trocou o bloco parlamentar do qual fazia parte no Senado, saindo do bloco do União Brasil, PSDB, Podemos, PDT e MDB e indo para o grupo formado por PSB, PSD, PT e Rede - era o último passo necessário para que o Congresso definisse a composição do colegiado. O movimento ampliou para seis o número de vagas que cada um dos dois blocos terá direito por critério de proporcionalidade.
Pacheco também seguiu o entendimento do presidente da Câmara e excluiu a vaga do Novo na comissão por não ter conseguido atingir a cláusula de barreira nas eleições, o que não assegura o direito a uma liderança na Câmara, mas apenas o de uma representação partidária. Desta forma, o partido não entra no cálculo da proporcionalidade partidária utilizado para definir a composição do colegiado.
A expectativa oficial é de que a CPMI seja instalada na próxima semana, mas existe a possibilidade de que a comissão nem saia do papel. Isto porque as recentes operações da Polícia Federal que resultaram na prisão de Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pela suspeita de articular fraudes em cartões de vacinação contra a Covid-19 de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados revelaram também uma articulação golpista dentro do Palácio do Planalto.
A avaliação do governo é de que os novos fatos esvaziaram a tentativa dos bolsonaristas de inverter a culpa pela intentona golpista do dia 8 de janeiro e de criar uma narrativa visando culpar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela depredação das sedes dos Três Poderes.
Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo
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