Risco financeiro gerado pela política monetária de Roberto Campos Neto tem afastado potenciais compradores do setor imobiliário
Juros altos e incertezas sobre emprego e renda estão adiando o sonho da casa própria. No primeiro trimestre deste ano, a intenção de compra de imóveis residenciais caiu para 40%, a menor marca em três anos, de acordo com pesquisa da Raio-X FipeZap+, segundo aponta reportagem do Estado de S. Paulo.
O número é atribuído à insegurança no mercado de trabalho e ao alto custo dos financiamentos imobiliários. A taxa média anual de juros dos empréstimos para a compra de imóveis atingiu 11% ao ano em março, o maior resultado desde agosto de 2016. A redução da liquidez de crédito tem afetado as vendas, pois menos pessoas conseguem obter empréstimos devido à queda na renda ou ao aumento dos juros.
Juros em 13,75% ao ano – A taxa básica de juros, também conhecida como taxa Selic, é a referência para os juros praticados no mercado financeiro brasileiro. Ela é estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que faz parte do Banco Central do Brasil, e é utilizada como uma ferramenta para controlar a inflação e influenciar a atividade econômica do país. Segundo a equipe comandada por Roberto Campos Neto, a taxa está em 13,75% como resultado de uma estratégia do Banco Central para conter a inflação. Quando a economia apresenta sinais de pressões inflacionárias, o Banco Central pode aumentar a taxa de juros para desestimular o consumo e os investimentos, tornando o crédito mais caro. Com isso, busca-se controlar a demanda e reduzir a inflação.
Fonte: Brasil 247 com Estado de S. Paulo
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