Senador teme que um encontro com o ex-ministro possa ser interpretado como obstrução de Justiça
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que foi liberado da prisão em 11 de maio mediante a adoção de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, não será visitado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL). “Não tentei, nem vou tentar encontrá-lo, até porque isso poderia ser interpretado como obstrução de Justiça”, disse o parlamentar à coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo.
Antes de revogar a prisão de Torres, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a visita de 38 senadores ao ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele estava preso pela suspeita de omissão nos atos terroristas do dia 8 de janeiro, quando extremistas bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Flávio Bolsonaro estava entre os senadores que solicitaram o encontro com Torres na prisão, mas teve seu pedido negado por Moraes. O magistrado justificou sua decisão argumentando que existem conexões entre as investigações envolvendo Torres e o senador.
Flávio Bolsonaro desempenhou um papel importante na nomeação de Anderson Torres como ministro da Justiça em 2021, sendo um dos principais influenciadores da decisão de seu pai. No entanto, após a libertação de Torres, o parlamentar optou por manter uma distância calculada, evitando qualquer contato que possa ser interpretado como uma tentativa de obstruir o curso das investigações em andamento.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Bela Megale no jornal O Globo
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