Mudança na política de preços da Petrobrás leva otimismo ao setor aéreo
A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, afirma que o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI), política de formação de preços dos combustíveis que era praticada pela Petrobrás, traz otimismo ao setor aéreo, que espera uma redução no preço do querosene de aviação (QAV). Segundo disse Monteiro ao Poder 360, os gastos das companhias aéreas com o combustível aumentaram em 121% nos últimos quatro anos. A expectativa agora é "manter diálogo" com o governo e a Petrobrás para buscar a revisão do preço do QAV.
Considerando que 90% do querosene de aviação utilizado pelas empresas brasileiras é produzido no Brasil, Jurema Monteiro destaca a importância de buscar essa revisão de preço também para o QAV.
A principal preocupação dos passageiros é o aumento dos preços das passagens aéreas. De acordo com Jurema Monteiro, de 2019 a 2023, houve um aumento de cerca de 26% no preço das passagens. Por outro lado, diz ela, este é um valor muito menor em comparação com a elevação de custos das companhias aéreas. Ela destaca que, apenas no caso do QAV, houve um aumento acumulado de 121%.
No cenário de elevação de custos do setor, a agenda legislativa de 2023 teve seu primeiro texto de interesse aprovado no Congresso Nacional nesta semana, a MP 1.147/2022. Essa medida estabelece uma isenção de PIS/Cofins para o setor aéreo, o que representa um impacto previsto de R$ 500 milhões por ano.
O setor aéreo agora aguarda as negociações com o governo e com a Petrobrás visando a revisão do preço do querosene de aviação, na esperança de que a redução do PPI traga um alívio nos custos das companhias aéreas e possa refletir em preços mais acessíveis para os passageiros.
Fonte: Brasil 247 com poder 360
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