Relatórios publicados mostram falhas no CadÚnico: além de 470 mil famílias beneficiadas de forma irregular, também estavam cadastrados 1 milhão de mortos
A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou nesta segunda-feira (15) um relatório em que identifica pagamentos indevidos no valor de R$ 3,89 bilhões no Programa Auxílio Brasil do governo Bolsonaro (PL), informa o portal g1.
De acordo com os auditores, durante o período de janeiro a outubro de 2022, uma média mensal de aproximadamente R$ 218 milhões foi paga a 468 mil famílias que excediam o limite de renda estabelecido pelo Auxílio Brasil.
Além disso, cerca de R$ 171 milhões foram liberados para aproximadamente 367 mil famílias que deveriam estar bloqueadas ou desligadas do programa devido a questões como trabalho infantil na família ou pendências no cadastro.
Levando em conta o tamanho médio das famílias beneficiadas, estima-se que aproximadamente 2,17 milhões de pessoas receberam indevidamente o benefício durante o período analisado.
Os auditores apontam que uma das possíveis causas desse problema são as falhas na atualização e verificação do Cadastro Único (CadÚnico), o qual é preenchido por informações autodeclaradas pelos inscritos. Outro relatório divulgado hoje demonstra que, ao cruzar os CPFs registrados no cadastro com a base de dados de óbitos, foram encontradas 1.078.736 pessoas que já faleceram, mas ainda estavam registradas no sistema.
Fonte: Brasil 247 com informações do portal g1
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