Objetivo é contrapor a narrativa bolsonarista que tenta criminalizar o movimento social e atingir o governo Lula
A base governista quer incluir na investigação que será aberta pela CPI do MST a invasão de terras indígenas e grilagem por parte de empresários ligados ao setor do agronegócio. Segundo o jornal O Globo, “até o momento, José Maria Bortoli, da empresa de soja Bom Futuro, e Renato Eugenio de Rezende Barbosa, da empresa de cana-de-açúcar Campanário S/A, são os alvos. Ex-secretário nacional de Assuntos Fundiários de Jair Bolsonaro (PL), Nabhan Garcia é o terceiro a integrar a relação”.
“Vamos começar por alguns invasores de terras indígenas identificados em processos de grilagem”, disse a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), uma das titulares da comissão. O outro passo da base governista é convocar empresários citados em processos de grilagem de terras como Walter Horita, um dos maiores latifundiários do país e investigado pelo Ministério Público. Horita foi citado na Operação Faroeste, que apura grilagem de terras na Bahia.
Um “outro alvo que será convocado é o empresário Nelson José Vigolo. Recentemente, Vigolo confessou, em delação premiada, ter comprado sentenças. Por este motivo, terá que devolver R$ 20 milhões aos cofres públicos”, ressalta a reportagem.
A convocação dos empresários e de Nabhan Garcia tem como objetivo fazer uma contraposição ao discurso da base governista que tenta fazer da CPI um palanque para criminalizar o MST e atingir o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: Brasil 247 com jornal O Globo
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