domingo, 28 de maio de 2023

Bancos e analistas revisam projeções e apostam em crescimento do PIB em 2023


Restaurante na Serra Gaúcha: brasileiro consumiu mais serviços e criou empregos, Foto: André Feltes

Analistas financeiros revisaram projeções pessimistas que tinham em relação à economia brasileira em 2023 e passaram a apostar em um crescimento do PIB neste ano. Se antes todos estavam prontos para uma má notícia a ser conhecida no dia 1º de junho, quando o IBGE deve revelar os dados do Produto Interno Bruto do primeiro semestre, agora, alguns dados recentes dos setores de serviços, comércio e agronegócios começaram a indicar uma atividade econômica acima do esperado. A informação é da revista Veja.

O movimento culminou com a surpresa positiva na medição do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que registrou avanço de 2,41% no primeiro trimestre, mesmo após uma leve queda em março, menor que a projetada. Tal índice costuma ser encarado como uma espécie de prévia do PIB, apesar de utilizar metodologia diferente.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), decidiu antecipar a informação de que o governo deve revisar suas estimativas de expansão do PIB no ano, de 1,6% para 1,9%. Além dele, o consenso de mercado, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (22), indicava expectativa de alta de 1,2%, sendo que apenas sete dias antes ficava em 1,02%. Nos dias anteriores, todos os grandes bancos já tinham alterado suas projeções. O Santander, de 0,8% para 1%, o Itaú, de 1,1% para 1,4%, e o Bradesco, de 1,5% para 1,8%.

Os números representam um alívio bastante representativo frente às expectativas para o primeiro ano de governo Lula. “Fomos surpreendidos ao longo desse primeiro trimestre. Havia um efeito inercial de investimentos feitos nos últimos anos e a expectativa de uma safra agrícola bastante positiva. Mas a safra está ainda maior do que estávamos esperando, e isso coloca mais renda em circulação”, avalia a economista do Bradesco, Myriã Bast.

“A renda do trabalho também surpreende, já que o mercado de trabalho continua muito aquecido, e isso impacta a renda das famílias e, consequentemente, o consumo”, completa.

Fonte: DCM com informação da revista Veja

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