Defesa do doleiro apresentou provas de monitoramento ilegal na carceragem
O juiz Eduardo Appio, responsável pela operação Lava-Jato em Curitiba, notificou a Superintendência da Polícia Federal para que seja investigado um caso de grampo ilegal contra Alberto Youssef e outros presos durante a operação em 2014.
De acordo com reportagem da Veja, após quase dez anos, os advogados de Youssef reuniram provas de que ele e outros investigados tiveram suas conversas registradas por escutas instaladas nas celas da carceragem da PF. Com base nessas evidências, os defensores do doleiro pretendem solicitar a anulação das condenações e do acordo de delação premiada, que é considerado o mais importante da Lava-Jato.
Segundo o juiz, os elementos encontrados durante uma sindicância administrativa da Corregedoria da PF, mantidos em sigilo até então, indicam a existência de indícios concretos e documentados de graves delitos supostamente cometidos na carceragem. Appio afirmou que essas provas foram encaminhadas ao seu julgamento, que autorizou as prisões em 2014.
A descoberta desse grampo ilegal reacende a controvérsia em torno da operação Lava-Jato e coloca em xeque a legalidade das condenações e dos acordos de delação firmados durante o processo. A defesa de Youssef considera essas revelações como fundamentais para a revisão do caso e a busca pela justiça.
Fonte: Brasil 247 com reportagem da Veja
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