PF também avalia abrir um novo inquérito para apurar quais foram os demais presentes recebidos e incorporados ao acervo pessoal do ex-mandatário e onde eles ficaram guardados
247 - O depoimento que Jair Bolsonaro (PL) prestará à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (5) no âmbito do inquérito das joias sauditas avaliadas em cerca de R$ 18 milhões que entraram ilegalmente no Brasil e que ele tentou se apropriar será marcado por duas perguntas principais: quem foi o responsável pela ordem para que servidores ligados ao gabinete presidencial tentassem liberar as joias retidas pela Receita Federal e qual destino ele pretendia dar aos objetos de alto valor.
“A PF, porém, não depende das declarações do ex-presidente para chegar a uma conclusão sobre o caso. Primeiro porque ele tem o direito de ficar calado durante o depoimento, se quiser. Como qualquer investigado, Bolsonaro – que pediu para chegar às 13h30m, uma hora antes do combinado, à sede da PF – não precisa responder a perguntas que possam incriminá-lo”, destaca a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo.
O otimismo dos investigadores está ligado ao fato que outros nove envolvidos no escândalo, incluindo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, irão depor ao mesmo tempo, evitando a possibilidade de que versões semelhantes sejam combinadas entre eles.
A reportagem destaca, ainda, que “antes mesmo das oitivas, porém, os investigadores consideram que já têm depoimentos e evidências contundentes de que a estrutura da presidência da República trabalhou ativamente para desviar as joias que deveriam ser incorporadas ao patrimônio público para o acervo privado de Bolsonaro”.
Uma outra frente de investigação, contudo, poderá ser aberta em breve pela PF visando apurar quais foram os demais presentes recebidos e incorporados ao acervo pessoal do ex-mandatário e onde eles ficaram guardados.
Ao menos um dos três estojos de joias dados pela monarquia saudita foram acondicionados em uma fazenda do ex-piloto bolsonarista de Fórmula 1 Nelson Piquet, nos arredores de Brasília.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo
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