Subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos defendeu aplicação de medidas cautelares
O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou nesta segunda-feira (17) favorável à revogação da prisão preventiva do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, preso por ter facilitado as invasões terroristas às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, em Brasília.
Torres está preso há mais de 90 dias por omissão nos ataques bolsonaristas. Além disso, agentes da Polícia Federal (PF) encontraram na casa do ex-ministro uma “minuta de decreto" visando estabelecer Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral e frustrar o processo eleitoral de 2022.
O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos defende a substituição da prisão por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e o veto ao investigado de se retirar do DF e manter contato com outros alvos da operação.
"Considerando o cenário atual das investigações, existem medidas cautelares diversas da prisão que cumprem de forma mais adequada as finalidades em tela", argumentou Santos.
O subprocurador também pediu que Torres se mantenha afastado do cargo de delegado da Polícia Federal. "A intenção é evitar que o investigado possa utilizar de sua influência política para interferir no andamento da apuração", explicou ele, na manifestação remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao negar um pedido de soltura de Torres no início de março, o ministro do STF Alexandre de Moraes argumentou que a medida é razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal. Na ocasião, a Procuradoria-Geral da República se manifestou pela manutenção da prisão preventiva. (Com informações de O Globo).
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