O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) a ação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em que acusa o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) dos crimes de calúnia, difamação e racismo e pede que ele seja investigado no inquérito das fake news, que tramita no STF.
Segundo a Veja, no despacho publicado nesta segunda-feira (24), Moraes dá o prazo de cinco dias para a PGR se manifestar sobre a ação movida por Dino. O processo já foi recebido pelo Ministério Público Federal.
No início do mês, Dino alegou que Dallagnol, ex-procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato, espalhou notícias falsas ao afirmar em entrevistas que o ministro da Justiça fez acordos com o crime organizado e que por isso foi permitida a sua visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
A ação tramita em segredo de Justiça no STF e diz que a visita foi “dolosamente repercutida nas redes sociais de parlamentares” e cita entrevistas concedidas por Dallagnol à CNN Brasil e à Jovem Pan.
A visita de Dino ao complexo de favelas na Zona Norte do Rio ocorreu em 13 de março, quando foi lançado o boletim “Direito à segurança pública na Maré”. Segundo a ação, a visita “teve por finalidade garantir a participação da sociedade civil no desenvolvimento da política pública nacional de segurança pública e defesa social”.
A notícia-crime afirma que, além de disseminar fake news, o deputado cometeu os crimes de calúnia e difamação e pode ter incorrido também no delito de racismo contra “camadas menos abastadas da sociedade, retirando-lhes, inclusive, o direito de serem ouvidas pelo poder público”.
Fonte: DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário