terça-feira, 18 de abril de 2023

Lula repete Moraes e afirma: "as pessoas não podem fazer na rede aquilo que é proibido na sociedade”

 Em reunião com autoridades para debater o combate à violência nas escolas, o presidente fez duras críticas às big techs: “ganham dinheiro com a violência”

Lula e Alexandre de Moraes (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O presidente Lula (PT) realizou na manhã desta terça-feira (18) uma ampla reunião com chefes dos Poderes, ministros, governadores e prefeitos para discutir o combate a atentados a escolas em todo o país.

A reunião foi marcada por um discurso firme do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, sobre a necessidade de regulação das redes sociais.

Fortemente aplaudido, Moraes foi reconhecido por Lula como - dentre os participantes da reunião - o maior entendedor acerca do funcionamento das redes de ódio nas plataformas digitais.

O presidente, então, repetiu o magistrado ao afirmar que a legislação precisa se estender aos territórios digitais para coibir crimes cometidos nestes ambientes. “As plataformas, grandes empresas que ganham dinheiro com a divulgação da violência, estão cada vez mais ricas. Alguns são os empresários mais ricos do planeta Terra. E continuam divulgando qualquer mentira, não têm critério. Por isso eu resumiria essa reunião na frase do Alexandre de Moraes: as pessoas não podem fazer na rede digital aquilo que é proibido na sociedade. Não é possível que eu possa pregar o ódio na rede digital, que eu possa ficar fazendo propaganda de arma, ensinando criança a atirar. É isso que a gente vê todo santo dia. E a verdade é que uma criança de seis, sete, oito ou nove anos repercute na escola o que ouve dentro de casa. Então não vamos resolver esse problema só com dinheiro, elevando o muro da escola, colocando detector de metais. Fico imaginando as crianças sendo revistadas nas escolas, como seria patético para os pais, para o prefeito, para o governador, para o presidente da República e para as instituições deste país uma criança de oito anos ter que mostrar a mochila”.

Fonte: Brasil 247

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