Ajustes finais serão feitos após encontro entre presidentes do Brasil e China em Pequim. Texto não deve acusar Rússia e proporá abertura de canais de diálogo com outros países
Os governos do Brasil e da China estão em negociação para emitir uma declaração conjunta defendendo uma saída negociada e pacífica para a guerra entre Rússia e Ucrânia, informa o colunista Jamil Chade, do portal Uol.
O texto final ainda está em debate no Palácio do Planalto e os últimos ajustes serão feitos após o encontro entre os presidentes Xi Jinping e Luiz Inácio Lula da Silva, que acontecerá em Pequim no dia 14 de abril.
Embora a declaração inclua mais de 20 acordos bilaterais, um dos pontos mais aguardados é a referência à guerra na Ucrânia, tópico considerado sensível. A negociação, inclusive, está sendo conduzida pelo Palácio do Planalto, com pouca participação da embaixada do Brasil em Pequim.
Um dos pontos defendidos pelos chineses é a rejeição a qualquer referência acusatória contra a Rússia. A declaração também deverá mencionar a necessidade de estabelecer canais de diálogo para que facilitadores possam buscar soluções para a crise.
Vale lembrar que Lula tem defendido a criação de um grupo de contato formado por países que não estão diretamente envolvidos na guerra; a iniciativa, contudo, tem sido recebida com "frieza" pela Europa e pelos EUA.
Fonte: Jamil Chade em sua coluna no UOL
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