A juíza entendeu que Lauro Junior continua
agindo para esconder provas de supostos delitos.
A juíza Letícia Lilian Kirschnick Seyr, da Vara da Fazenda
Pública de Jandaia do Sul determinou na noite da terça-feira (18), em
caráter liminar, novo afastamento do prefeito do município, Lauro Junior (União
Brasil), por 90 dias. Prorrogável pelo mesmo período, a medida foi tomada no
âmbito de ação civil pública por supostas irregularidades praticadas pelo
gestor municipal na contratação de empresa de engenharia.
A magistrada também determinou a
proibição do acesso do prefeito às dependências da Prefeitura a uma distância
de 100 metros, sob pena de multa de R$ 50 mil por acesso indevido. O mandado de
afastamento e de intimação foi publicado nesta quarta-feira (19).
É o segundo afastamento de Lauro Junior determinado pela
juíza. O primeiro ocorreu em 14 de março - também em caráter liminar - e
incluiu, na oportunidade, diretores de Planejamento e Administrativo, do
secretário de Governo e da coordenadora de Projetos do município. A medida foi
determinada na época por supostas irregularidades na contratação de empresa de
engenharia e arquitetura de São Paulo especializada em execução de projetos, denunciadas
em ação civil pública proposta pelo Observatório Social do Brasil Jandaia do
Sul (OSBJS) e aditada pelo Ministério Público do Paraná. O contrato foi
suspenso pela Justiça no começo de março a pedido da Promotoria local.
O primeiro afastamento no âmbito
desse processo ocorreu porque o prefeito estaria atuando em prejuízo das
investigações, inclusive alterando documentos públicos, como notas fiscais
constantes no Portal da Transparência da prefeitura.
Além do afastamento determinado pela justiça, o prefeito é alvo ainda de comissão de investigação instalada na Câmara de Vereadores para fins de apuração de possíveis irregularidades na contratação de empresa de engenharia e outras denúncias que, se confirmadas pode provocar pedido de cassação do mandato.
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