terça-feira, 18 de abril de 2023

Flávia Tacla Duran apela por proteção para o marido

 O advogado questiona a demora da PGR em concordar com que ele ganhe a condição de “testemunha protegida”. Rodrigo Tacla Duran denunciou extorsão de Sergio Moro e Deltan Dallagnol

Montagem (da esq. para a dir.): o deputado Deltan Dallagnol, senador Sergio Moro e advogado Rodrigo Tacla Duran (Foto: Divulgação)


Denise Assis para o 247 - Uma petição assinada por Flávia Tacla Duran, – que se supõe, seja a mulher de Rodrigo Tacla Duran -, e o próprio, com data de 17/04, solicita ao ministro Gilmar Mendes, “da Colenda da 2ª Turma” do STF, (relator substituto do caso), em favor de Tacla Duran, a fim de que lhe seja concedida a condição de “testemunha protegida”. Ele se queixa da demora da PGR em concordar com que ganhe essa condição e, ainda, repisa o que denunciou em sua audiência admonitória – feita virtualmente –, que é, em seu entendimento, uma perseguição do Ministério Público.

Ele denuncia também o imbróglio que envolve o juiz Eduardo Appio, por ter descumprido decisão do ministro Lewandowski reiterada pela procuradora Lindôra, que determina que todas as ações desse caso só podem acontecer no âmbito do STF. Sendo assim, ela entende que o juiz descumpriu essa determinação, ao permitir que houvesse a audiência.

Rodrigo Tacla Duran havia pedido uma cautelar para desembarcar no Brasil no dia 14 de abril, quando pretendia depor presencialmente, apresentando documentos físicos com provas sobre suas acusações contra o ex-juiz Sergio Moro e o advogado e sócio do escritório de Rosângela Moro, Carlos Zucolotto Júnior e Fabio Aguayo, cabo eleitoral de Moro. Tacla Duran os teme e baseia seu temor nas atitudes intimidatórias já tomadas por esses citados, participando presencialmente de audiências “em manifesta conduta intimidatória”, destaca o casal, e até fazendo manobras dentro do processo, em encaminhamentos descabidos.

O casal Tacla Duran solicita que ele seja imediatamente incluído no programa de proteção à testemunha, conforme aprovado na 198ª Reunião do Conselho Deliberativo (PROVITA), e que se encontra pendente de parecer da PGR. Rodrigo Tacla Duran tem feito a sua própria defesa.

De forma oblíqua, ele faz também a defesa do juiz Appio, ao reivindicar a garantia da manutenção da audiência admonitória, antes do ministro Lewandowski determinar a suspensão dos processos (o que acabou beneficiando vários outros réus). Ele quer vir ao Brasil para apresentar todas as provas que tem e não podem ser enviadas virtualmente.

O novo relator sorteado para o processo, no STF, é o ministro Edson Fachin. Ele vai agora decidir se acata os pedidos de Lindôra e amordaça completamente a Justiça do Paraná, da IV Região, ou se ele acata a decisão do Tacla Duran e mantém os atos anteriores à suspensão do ministro Lewandowski, nesse caso garantindo a Tacla Duran a audiência admonitória presencial.

Outra peça aguardada na movimentação desse tabuleiro é o despacho da ministra Carmem Lúcia. Ela pode acatar a denúncia e transformar Sergio Moro em réu, ou simplesmente rejeitar e aí, acabou-se o que era doce...

Fonte: Brasil 247


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