Ministro do STF apontou a relação entre as provas reunidas contra os autores intelectuais dos atentados com as coletadas nos inquéritos das fake news e das milícias digitais
O voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pela aceitação da denúncia contra os cem primeiros acusados pelos ataques terroristas do 8 de janeiro sinaliza qual será a postura adotada por ele nos casos envolvendo Jair Bolsonaro (PL).
O ex-mandatário deverá prestar depoimento à Polícia Federal na próxima quarta-feira (26) no âmbito do inquérito que apura a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Bolsonaro é alvo de uma das quatro investigações abertas pela PF [que busca identificar os autores intelectuais dos atentados] para apurar o caso.
“No voto, Moraes aponta para relação entre as provas reunidas sobre os autores intelectuais dos ataques de janeiro com as coletadas nos últimos anos em duas investigações relatadas por ele: os inquéritos das fake news e das milícias digitais. O ministro chega a citar que essas investigações já miram parentes de Bolsonaro, como seus filhos Eduardo e Flávio e aliados como Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e Otoni de Paula (MDB-RJ)”, ressalta o jornal Folha de S. Paulo.
"Ao indicar a relação dos casos, em especial com o inquérito das milícias digitais, Moraes sinaliza que, para apontar Bolsonaro como um dos autores intelectuais dos ataques do começo do ano, vai se valer de todas as provas colhidas desde 2019. Na prática, o ministro coloca o 8 de janeiro como mais um dos eventos atrelados à organização criminosa investigada no inquérito das milícias. O inquérito, chamado originalmente de atos antidemocráticos, reúne todas as investidas golpistas de Bolsonaro contra as instituições e sua atuação na disseminação de fake news e desinformação", diz a reportagem na sequência.
Ao relacionar os casos, o ministro aponta Bolsonaro como um dos autores intelectuais dos atentados contra a democracia em função dos seguidos ataques feitos por ele às instituições desde o início de seu governo, além da disseminação de fake news sobre o sistema eleitoral.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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