Ministro afirmou existirem indícios de elaboração de relatórios, viagens e comandos visando interferir no segundo turno da eleição para beneficiar Bolsonaro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou existirem "múltiplos indícios" de que seu antecessor, Anderson Torres, agiu para impedir que eleitores do presidente Lula (PT) chegassem a seus locais de votação no segundo turno da eleição presidencial de 2022.
Uma viagem de Torres à Bahia entre o primeiro e o segundo turno das eleições colocou o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) no foco de uma investigação sigilosa para apurar como foi montada a operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que bloqueou as estradas do Nordeste no dia do segundo turno, de acordo com informações de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Ao canal no Youtube do jornalista Marco Antonio Villa, Dino afirmou que há indícios de elaboração de relatórios, viagens e comandos visando interferir no segundo turno da eleição para beneficiar Bolsonaro. "O que eu posso afirmar é que há múltiplos indícios de elaboração de relatórios, viagens, comandos. E temos um indício muito eloquente, o fato ocorreu no dia 31 de outubro nessas ditas operações atípicas".
"Vamos aguardar o término das apurações da Polícia Federal visto que evidentemente constituiu um fato de imensa gravidade, faço questão de mais uma vez sublinhar a imensa gravidade porque isso significa um engendramento estatal, governamental para tentar fraudar uma eleição", complementou.
Pelo Twitter nesta terça-feira (4), Dino afirmou que a eleição de 2022 "foi duramente atacada". "Passo a passo, investigações policiais estão produzindo provas que irão aos autos, mas também para a história. A história de uma eleição que antes, durante e depois foi duramente atacada. E que só resistiu pela força da democracia e pela atuação do TSE e do STF".
Fonte: Brasil 247 com MaluGaspar no jornal O Globo
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