O Serviço de Acolhimento Familiar, mantido através de uma parceria entre o Judiciário e a Secretaria Municipal de Assistência Social, ganhou uma sede. Situado na Rua Erasto Gaertner, nº 418, o espaço vai centralizar o atendimento de crianças e adolescentes que tiveram os direitos violados, foram afastados dos pais ou responsáveis e, temporariamente, estão sendo acolhidos por famílias que se cadastraram voluntariamente.
O prefeito Junior da Femac afirma que o programa funcionava em uma sala da Assistência Social e agora contará com um amplo espaço para o desenvolvimento das atividades. “São situações que são encaminhadas pelo Judiciário e nesse espaço haverá o atendimento da nossa equipe técnica, formada por uma diretora de proteção social, psicóloga, assistente social e assistente administrativo”, cita Junior da Femac.
Junior da Femac afirma que existem estudos que comprovam os benefícios do acolhimento familiar na saúde mental e no desenvolvimento das crianças e adolescentes. “Essa é uma tendência em países desenvolvidos. O Estado do Paraná saiu na frente e Apucarana também está aplicando, seguindo a política da administração municipal que é priorizar o ser humano, especialmente o atendimento de idosos, mulheres, crianças e adolescentes ”, salienta Junior da Femac.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Jossuela Martins Pirelli, o espaço vai centralizar as atividades de dois programas, o Família Acolhedora e o Família Guardiã. “Atualmente são atendidas 65 crianças e adolescentes e este espaço é uma conquista, pois garante uma estrutura adequada tanto para o atendimento das famílias de origem quanto daquelas que estão fazendo o acolhimento temporário. O objetivo é que as crianças e adolescentes possam ser reintegrados à família de origem ou, não havendo essa possibilidade, sejam encaminhados para a lista de adoção”, pontua Jossuela.
O aluguel da casa – que possui recepção, salas de reunião e de atendimento, cozinha e banheiros – é bancado com recursos do Governo Federal. “Já toda a equipe técnica é da Prefeitura, que também repassa para as famílias acolhedoras 75% do salário mínimo e uma cesta básica mensal”, completa Jossuela.
A juíza da Vara da Infância e Juventude, Carolline de Castro Carrijo, ressalta que o Serviço de Acolhimento Familiar deve ser prioritário ao institucional. “É uma mentalidade nova e Apucarana vem buscando fazer a capacitação e a estruturação do serviço. A proposta é substituir o antigo modelo, que institucionaliza, pelo serviço de acolhimento familiar. Temos entidades que desenvolvem um trabalho magnífico, mas nada comparado ao ambiente familiar, onde a criança ou o adolescente poderá ter uma rotina diferenciada”, reitera a juíza.
O vereador Tiago Cordeiro falou em nome do Legislativo, destacando a parceria entre o Judiciário e a Prefeitura visando assegurar os direitos das crianças e adolescentes. “Quero também enaltecer as famílias que se disponibilizam em fazer o acolhimento, dando atenção, amor e carinho para essas crianças e adolescentes”, assinala o vereador.
EQUIPE TÉCNICA – A equipe técnica que trabalhará no Serviço de Acolhimento Familiar é formada por Isabella Silveira, diretora da proteção social especial, pela psicóloga Flávia Cristina Lorenzini Giardini Maximiano, pela assistente social Josiane Caniato e pelo assistente de atendimento, Renan Gonçalves dos Santos Torres. No local também funcionará o Programa de Atendimento Psicológico às Crianças e Adolescentes Impactados pela Covid, através da psicóloga Caroline Patricia Paim.
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