"A possibilidade de ter havido monitoramento indiscriminado de pessoas, por si só, causa perplexidade", apontou o senador Jorge Kajuru, autor do requerimento
A Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou nesta terça-feira (21) o convite para o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para falar sobre suposto monitoramento ilegal de cidadãos pela agência com o uso do software irsralense “FirstMile”, durante o governo Jair Bolsonaro.
O requerimento é de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Na justificativa do pedido, Kajuru argumentou que a denúncia é "gravíssima", pois o governo Bolsonaro pode ter usado essa ferramenta para espionar desafetos e adversários políticos.
"Isso é uma afronta ao Estado Democrático de Direito. A possibilidade de ter havido monitoramento indiscriminado de pessoas, por si só, causa perplexidade. Ao longo de sua gestão, Jair Bolsonaro colecionou casos de autoritarismo e instrumentalização das instituições para satisfazer seus interesses e atacar aqueles se opuseram aos seus atos", afirmou Kajuru.
O software irsralense “FirstMile” possibilitava monitorar e acompanhar até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses, bastando apenas digitar os números dos contatos.
A ferramenta, desenvolvida pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), foi adquirida sem licitação por R$ 5,7 milhões em 2018, durante o governo MIchel Temer (MDB), e foi utilizada pela gestão Bolsonaro até 2021. A fabricante foi representada no Brasil por Caio Cruz, filho do general Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247
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