sábado, 4 de março de 2023

PF identifica parte dos empresários que financiaram acampamento golpista no QG do Exército

Acampamento bolsonarista no Distrito Federal. Foto: Reprodução
 

A Polícia Federal identificou ao menos cinco empresários que financiaram a estrutura do acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, segundo coluna de Aguirre Talento, no UOL.

Na investigação, foi constatado que esses empresários pagaram estruturas de alimentação, banheiros químicos e atendimento médico. Eles são de Goiás, do Amapá, de Minas Gerais e do Distrito Federal.

Uma empresária de Goiânia, identificada como Kátia Aquino, pagava R$ 6,6 mil por semana por banheiros químicos. A bolsonarista é dona de uma empresa de venda de produtos automotivos.

Aquino assinou contrato com uma empresa de Brasília para o fornecimento semanal de 50 banheiros químicos e uma tenda. O documento tem a data do dia 4 de novembro e prevê a renovação contratual automática a cada semana, mas não estipula um prazo final para o fornecimento.

Segundo participantes do QG do Exército, a mulher trocou de contato e se afastou dos manifestantes bolsonaristas após a prisão dos acampados.

A PF também apura se a empresa PipiEasy foi uma financiadora do acampamento. Segundo os investigadores, a empresa cedeu banheiros químicos sem previsão de pagamento pelo serviço.

Barraca de bolsonaristas no acampamento golpista em Brasília. Foto: Reprodução


O negócio foi formalizado com um contrato de mútuo (modalidade comum de empréstimo de dinheiro entre particulares). O contrato foi firmado com um microempreendedor individual do Distrito Federal, Leandro Soares.

Rubem Abdalla Barroso Júnior foi identificado como um dos nomes responsáveis pelo fornecimento de alimentação gratuita ao acampamento. Ele é sócio de uma empresa de representação comercial em Macapá (AP).

A investigação da PF também cita um empresário de Minas Gerais como responsável pelo fornecimento de atendimento médico gratuito no acampamento, Diego Albs Passos. Ele é diretor de uma associação privada e sócio-administrador de um consultório odontológico.

Em uma verificação na área do acampamento, os investigadores encontraram um cartaz pedindo doações para uma chave Pix pertencente a Albs.

Suspeitos de financiarem o acampamento, os empresários responsáveis por enviar caminhões a Brasília prestaram depoimentos e negaram terem enviado recursos para bancar a estrutura do local. Eles atribuíram aos empregados a decisão de levar os caminhões ao ato “por livre e espontânea vontade”.

Fonte: DCM com Aguirre Talento em sua coluna no UOL

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