Ingryd Calazans Affonso (35), filha de uma terrorista presa pelos ataques de 8 de janeiro em Brasília, bloqueou o número da mãe no celular. A produtora cultural recebeu uma mensagem da corretora de imóveis Ana (nome fictício), sua mãe, enquanto ela estava detida na sede da Polícia Federal. A informação é do portal UOL.
Ela diz que a mãe se radicalizou durante o governo do ex-presidente Jair Bolsoanro e participou de manifestações no Rio após o segundo turno das eleições de 2022. Ingryd ainda relata que a idosa foi ao Comando Militar do leste para pedir “intervenção federal”.
Ana viajou por 15 horas de carona para participar dos atos de 8 de janeiro. Na noite do dia seguinte, ela contou à filha que estava usando a mesma roupa, sem tomar banho, na sede da PF. Para Ingryd, a mãe parecia estar honrada com a detenção.
“Eu só via orgulho. Orgulho por estar presa, por não estar dormindo direito, por estar com a mesma roupa, por estar ali supostamente defendendo o futuro dos filhos”, relata.
A mãe foi liberada depois de três dias, mas a relação familiar não foi mais a mesma e a bolsonarista ficou mais radical ainda. “O discurso dela inflamou ainda mais. Ela tem ainda mais orgulho de ser patriota agora. Eu sabia que ela não voltaria arrependida”, prosseguiu.
Logo após a saída da mãe da prisão, Ingryd bloqueou seu número e seus perfis nas redes sociais para evitar contato.
“Eu acho que ela é sem noção, mas ela é adulta. Não dá mais para ensinar minha mãe. Eu e meu irmão já tentamos ser mais incisivos, mais amigáveis, já tentamos conversar, mas ela é muito cabeça-dura”, prossegue.
Fonte: DCM com UOL
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