O incentivo de fixação que pode chegar a R$ 120 mil para o médico que permanecer por quatro anos em áreas vulneráveis
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o programa Mais Médicos, retomado nesta semana pelo governo Lula, passou por uma série de aprimoramentos que devem resultar na maior permanência dos profissionais nas localidades atendidas em todo o território brasileiro.
Serão ao todo 28 mil médicos do programa em todo o país, incluindo os que já estão atuando. O governo federal abriu edital com 5 mil vagas para novos médicos, e outras 10 mil serão ofertadas em parceria com os municípios.
Em entrevista à TV 247, a ministra destacou o impacto positivo do programa, lançado durante o governo Dilma Rousseff, na redução da mortalidade infantil e melhoria do tratamento de muitos problemas de saúde que têm na atenção primária o lugar fundamental. “Havia uma expectativa imensa dos municípios pela retomada do programa”, afirmou.
Para Trindade, a nova versão do Mais Médicos é fruto de aprendizado e passou por aperfeiçoamentos. Um deles é o combate às causas do programa fixar por um tempo muito curto os brasileiros com registro no país. “O governo prevê que os médicos que se formaram com financiamento estudantil terão um abono para o pagamento da dívida durante o período. O valor adicional varia entre 40% e 80% da bolsa, em escala progressiva, para quitar a dívida. Nós consideramos como um importante incentivo para a fixação. É como um abono permanência”, afirmou. O incentivo de fixação que pode chegar a R$ 120 mil para o médico que permanecer por quatro anos em áreas vulneráveis.
A ministra Nísia Trindade também questionou as críticas, reverberadas na mídia corporativa, sobre o Mais Médicos ser um programa relativamente antigo. “Qual o problema disso? Há um erro nesta busca por uma marca original. Esses 100 dias iniciais do governo Lula são pautados pela retomada de programas que se mostraram importantes e tiveram impacto positivo. É o caso do Mais Médicos”, afirmou.
Sobre a retomada das campanhas de vacinação, que haviam sido boicotadas pelo governo de Jair Bolsonaro, a ministra afirmou que o governo está focado no momento na vacinação com o imunizante bivalente Covid e reforçando as estratégias de rotina com a vacinação infantil. “Alguns estados estão avançando mais, porque têm estoque, outros estados menos. A nossa previsão é que nós vamos fazer esta operação de maneira mais sistêmica no mês de maio. Uma das ações previstas é vacinação nas escolas, e onde for possível aumentar a cobertura vacinal”, afirmou.
Fonte: Brasil 247
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