quarta-feira, 22 de março de 2023

"Levianas", diz Dino sobre tentativas de vincular plano criminoso para assassinar autoridades com atual momento político

 “Fico espantado com o nível de mau caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse considerar “leviana” qualquer tentativa de vincular os planos de uma organização criminosa que planejava um ataque contra autoridades públicas e políticos, incluindo o ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-BR), com o atual momento político nacional. “Considero leviana qualquer vinculação com a política brasileira”, disse Dino nesta quarta-feira (22). 

Ainda segundo Dino, é preciso “que haja seriedade no debate político do Brasil. Não se pode pegar uma declaração de ontem e fazer esta vinculação.” As declarações do ministro fazem referência a uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feita durante entrevista concedida à TV 247 na terça-feira (21). Na ocasião, Lula disse que quando estava preso “de vez em quando um procurador entrava lá (na cadeia) de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo bem. Entrava três ou quatro  procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu foder esse Moro’".

A fala do petista foi tirada de contexto e utilizada por diversos políticos ligados ao bolsonarismo e de extrema direita para atacar o presidente Lula em discursos, entrevistas e nas redes sociais.

Ainda segundo Dino, “quem neste momento faz politização indevida está ajudando a quadrilha”. “Fico espantado com o nível de mau caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria”, ressaltou. 

O ministro destacou, ainda, que a Polícia Federal “atuou de modo técnico, competente e cumpriu a lei” ao deflagrar a operação que prendeu ao menos nove integrantes do PCC que planejavam sequestrar e assassinar diversas autoridades. Além de Moro, um comandante da Polícia Militar, um promotor de Justiça e policiais estavam entre os alvos dos criminosos. 

Ao todo, cerca de 120 policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva, além de quatro mandados de  prisão temporária, nos estados do Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

Fonte: Brasil 247

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