terça-feira, 14 de março de 2023

PF atrás de desembargador federal do TRF-1 e filho advogado: venda de sentenças e tráfico

 Ação policial combate possíveis crimes de corrupção ativa e passiva. Pai e filho podem pegar até 12 anos de prisão

Advogado Ribeiro e o pai, o desembargador do TRF-1 Cândido Ribeiro (Foto: OAB e TRF-1/Reprodução)


A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (14) no Distrito Federal, a "Operação Habeas Pater", que investiga a venda de sentenças judiciais a traficantes. Os alvos são o desembargador federal Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em Brasília, e seu filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro.

A ação policial combate possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, e cumpre nove mandados de busca e apreensão, determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pai e filho, se condenados, podem ficar presos por até 12 anos.

Natural de São Luís, no Maranhão, Cândido Ribeiro foi nomeado juiz do TRF-1 em 1996 após ter sido indicado em uma lista tríplice por merecimento, conforme informações disponíveis no site do tribunal. Ele foi presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região entre 2014 e 2016.

Já o filho do desembargador, Ravik, é sócio de um escritório de advocacia na capital. O advogado tem uma extensa carreira pública. De acordo com o site do escritório, o advogado tem inscrições ativas no DF, Rio de Janeiro e Maranhão. Foi servidor concursado do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do INSS; trabalhou como assistente parlamentar no Senado; e foi representante do governo no Conselho de Recursos da Previdência Social.

Ravik e Cícero estão sob suspeita de possuírem conexões com investigados na "Operação Flight Level 2", também deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira. A ação está sendo realizada em locais de cumprimento de mandados em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.

Em nota, de acordo com  informações do G1, o gabinete de Cândido Ribeiro disse que a operação corre em sigilo e que o desembargador não tem nada a declarar.

Fonte: Brasil 247 com G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário