A Justiça Federal do Paraná afirmou nesta sexta-feira (24) que o pedido
para retirar sigilo da operação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital),
facção criminosa que orquestrava matar servidores públicos e autoridades,
partiu do delegado da Polícia Federal (PF) responsável pelo caso.
Em nota, a Justiça afirmou que a juíza Gabriela
Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, não concordou com a quebra integral,
identificando que a publicidade total poderia trazer riscos às vítimas e aos
investigados, e determinou que se mantivesse um sigilo parcial.
A juíza retirou sigilo de parte do
processo após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
sugerindo uma suposta “armação” do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no
caso.
Segundo a Justiça Federal, o pedido do
delegado foi feito às 14h da última quinta-feira (23), mas não disponibilizou o
conteúdo do requerimento.
O nome do delegado que fez o pedido também não foi informado, mas os
pedidos de prisão preventiva, do último dia 13, foram assinados pelo delegado
Martin Bottaro Purper.
Bottaro foi responsável pelos dois inquéritos que
apuraram o ataque a faca de Adélio Bispo de Oliveira contra o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), em 2018.
“A retirada do sigilo do processo foi
um pedido do delegado que conduz as investigações, protocolado nos autos às 14h
de ontem (23 de março). Contudo, por cautela, a juíza federal designada para
atuar no caso, entendeu melhor manter o nível de sigilo 1, por segurança dos
investigados e vítimas, autorizando a divulgação apenas das representações
policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o
termo de audiência de custódia”, diz a íntegra da nota.
Fonte: DCM
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