Bolsonaro dispensou José Tostes 37 dias depois de as joias serem barradas pela Receita na alfândega de Guarulhos, em São Paulo
Entre a tentativa de entrar no país com as joias e a queda de Tostes, ocorreram os seguintes atos: o então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque voltou à área restrita do Aeroporto de Guarulhos e tentou levar os pacotes, afirmando que eram presentes para Michelle. Não obteve sucesso.
Depois, em 3 de novembro daquele ano, o MME enviou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) pedindo ajuda para recuperar os bens. O MRE solicitou informações para estudar as medidas a serem adotadas para pegar as joias. Também não conseguiu sucesso.
O governo, então, decidiu demitir Tostes. Ainda de acordo com o Estadão, o servidor já era aposentado da Receita quando comandava o órgão e era bem avaliado pela área técnica. Desta forma, para esvaziar o impacto de sua demissão, a gestão de Bolsonaro vazou à imprensa, em 3 de dezembro, que faria uma “grande reestruturação” nas secretarias do Ministério da Economia, criando uma Secretaria Especial de Estudos Econômicos e trocando servidores e secretários.
A demissão foi consumada pelo ex-ministro Paulo Guedes e a nota do Diário Oficial da União informava que o fato ocorreu "a pedido". O servidor havia sido alertado no dia anterior ao vazamento da "reestruturação" que Bolsonaro queria sua cabeça.
Fonte: Brasil 247 com Estadão
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