segunda-feira, 13 de março de 2023

Beto Richa obtém vitória no TRE no processo da operação Rádio Patrulha

 

Beto Richa (PSDB): ex-governador pediu suspeição de promotor. Foto: Franklin de Freitas.

Por 3 votos a 2, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná acatou hoje recurso do ex-governador e deputado federal Beto Richa (PSDB) que pediu a suspeição do promotor do Ministério Público do Paraná, Fernando Cubas César, no processo aberto a partir da operação Rádio Patrulha, que investiga denúncias de desvio de recursos públicos no programa “Patrulha do Campo”, de financiamento de máquinas para a manutenção de estradas rurais no Paraná. A defesa de Richa alegou seria “evidente a inimizade entre o Promotor de Justiça e o paciente Carlos Alberto Richa”.

No recurso, os advogados do ex-governador também apontaram decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que determinou a remessa do processo da Justiça Comum para a Justiça Eleitoral, afirmando ter havido “diversos elementos de prova que apontam para a existência de indícios de crimes de caixa dois desde o início das investigações, de modo que se trata de mais um caso de manipulação indevida das regras de competência”.

O processo tramitava originalmente na 13ª Vara Criminal de Curitiba. Beto Richa chegou a ser preso na operação em setembro de 2018, quando disputava a eleição para o Senado e foi libertado por decisão de Mendes.

Segundo a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os acusados fraudaram licitação para a implantação de “patrulhas mecanizadas” em todo o estado com o intuito de beneficiar três empresas.

De acordo com o MP, os empresários teriam apresentado ao então governador proposta para que suas empresas adquirissem o maquinário e o alugassem ao estado, repassando a Richa e seu grupo uma porcentagem do ganho com os aluguéis.

Segundo o MPPR, o total dos pagamentos efetuados pelo estado do Paraná às empresas conluiadas foi de R$ 101.905.930,58. A porcentagem prometida como propina pelos empresários foi de 8% sobre o total bruto, o que ultrapassaria R$ 8 milhões. Richa sempre negou as denúncias.

Fonte: Bem Paraná

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