Por 3 votos a 2, o Tribunal Regional
Eleitoral do Paraná acatou hoje recurso do ex-governador e deputado federal
Beto Richa (PSDB) que pediu a suspeição do promotor do Ministério Público do
Paraná, Fernando Cubas César, no processo aberto a partir da operação Rádio
Patrulha, que investiga denúncias de desvio de recursos públicos no programa
“Patrulha do Campo”, de financiamento de máquinas para a manutenção de estradas
rurais no Paraná. A defesa de Richa alegou seria “evidente a inimizade entre o
Promotor de Justiça e o paciente Carlos Alberto Richa”.
No recurso, os advogados do
ex-governador também apontaram decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal,
Gilmar Mendes, que determinou a remessa do processo da Justiça Comum para a
Justiça Eleitoral, afirmando ter havido “diversos elementos de prova que
apontam para a existência de indícios de crimes de caixa dois desde o início
das investigações, de modo que se trata de mais um caso de manipulação indevida
das regras de competência”.
O processo tramitava originalmente na
13ª Vara Criminal de Curitiba. Beto Richa chegou a ser preso na operação em setembro
de 2018, quando disputava a eleição para o Senado e foi libertado por decisão
de Mendes.
Segundo a denúncia apresentada pelo
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os acusados
fraudaram licitação para a implantação de “patrulhas mecanizadas” em todo o
estado com o intuito de beneficiar três empresas.
De acordo com o MP, os empresários
teriam apresentado ao então governador proposta para que suas empresas
adquirissem o maquinário e o alugassem ao estado, repassando a Richa e seu
grupo uma porcentagem do ganho com os aluguéis.
Segundo o MPPR, o total dos pagamentos
efetuados pelo estado do Paraná às empresas conluiadas foi de R$
101.905.930,58. A porcentagem prometida como propina pelos empresários foi de
8% sobre o total bruto, o que ultrapassaria R$ 8 milhões. Richa sempre negou as
denúncias.
Fonte: Bem Paraná
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