O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se vacinar contra a
Covid-19 na segunda-feira (27), na abertura da campanha de vacinação. A
intenção do governo é mostrar a confiança na imunização, uma das principais
bandeiras da campanha de Lula nas eleições do ano passado.
Durante a transição de governo, o presidente deixou
claro que uma prioridade seria recuperar o Programa Nacional de Imunizações
(PNI), que virou um departamento no Ministério da Saúde, e ampliar a cobertura
vacinal.
Lula já é vacinado contra a Covid-19 e
tomará mais uma dose de reforço, que passou a ser indicada para pessoas com
mais de 60 anos.
Com isso, ele pretende fazer um contraponto à gestão do seu antecessor,
Jair Bolsonaro (PL), que desestimulou a vacinação, afirmou várias vezes que não
tomaria as doses contra o coronavírus e colocou seu cartão de vacinação em
sigilo.
Na fase aguda da crise sanitária, Bolsonaro promoveu
aglomerações, desaconselhou o uso de máscaras e problematizou a vacinação,
disseminando fake news, como quando associou a vacina à Aids.
A intenção do governo e da ministra da Saúde, Nísia
Trindade, é lançar o Movimento Nacional pela Vacinação, que prevê ações para
ampliar as coberturas de todas as vacinas disponíveis no Sistema Único de
Saúde.
O cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023 vai começar com a
vacinação contra a Covid-19 do grupo de risco. Para as pessoas com maior risco
de desenvolver formas graves da doença será usada a vacina bivalente da Pfizer,
que utiliza a cepa original do Sars-CoV-2 e da variante Ômicron BA.1.
A campanha de vacinação de influenza também deve se
intensificada, em abril, antes da chegada do inverno, quando as baixas
temperaturas levam ao aumento dos casos de doenças respiratórias.
O Ministério da Saúde ainda pretende uma ação de
multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas, que deve ocorrer a partir
de maio.
Fonte: DCM
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