"Vai assistir e não vai fazer nada?", questionou a presidente do PT. Lindbergh Farias tem projeto para limitar taxa de juros do cartão de crédito
Gleisi Hoffmann e o Banco Central do Brasil (Foto: Gabriel Paiva | REUTERS/Adriano Machado | Marcos Santos/USP Imagens)
Em publicação feita nas redes sociais nesta terça-feira (28), a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), enquadrou o Banco Central em relação às taxas de juros, consideradas abusivas, cobradas pelas empresas operadoras de cartões de crédito no Brasil.
A parlamentar apontou que tais taxas podem chegar a 411,5% ao ano, afirmou que esse é o "maior escândalo" e cobrou uma intervenção do Banco Central do Brasil.
"Taxa de juros do cartão de crédito chega a 411,5%! Esse sem dúvida é o maior escândalo. Juros altos, economia desacelerando, população endividada e fica a pergunta. O Banco Central vai assistir cenário se deteriorar e não vai fazer nada?", escreveu Gleisi no Twitter.
Vale lembrar que o próprio Banco Central já interveio em um assunto parecido no ano de 2019, quando, por meio de uma resolução, regulamentou a cobrança de juros sobre o cheque especial. Na época, os juros estavam acima de 300% ao ano e caíram para cerca de 150%.
O deputado federal Linbergh Farias (PT-RJ), baseado nisso, protocolou no último dia 16 um projeto de lei para limitar a taxa de juros aplicada sobre os cartões de crédito. O projeto limita os juros ao máximo de 8% ao mês.
“O maior endividamento das famílias brasileiras é exatamente com o cartão de crédito, sob os maiores juros do mercado. No atual cenário de grande desemprego e aumento da fome, muitos estão endividados no cartão de crédito para comprar alimento para suas famílias”, justificou o deputado ao apresentar o projeto.
“Não é aceitável que as operadoras de cartão de crédito continuem cobrando essa taxa abusiva, sem qualquer tipo de regulamentação. A imposição de um valor máximo nos juros cobrado pelas instituições financeiras é prática em diversos países do mundo, através de leis de usura e, também, de leis específicas para cada modalidade de crédito”, acrescentou.
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