Deputados da base
do governo querem criar novo grupo para discutir concessão
A disputa pelo controle da frente parlamentar do pedágio foi o
principal assunto da sessão desta segunda-feira (27) da Assembleia Legislativa.
Deputados da base do governo Ratinho Jr querem criar uma nova frente para
discutir as futuras concessões, em substituição ao grupo formado na legislatura
passada, que era coordenada pelo deputado Arilson Chiorato, presidente do PT do
Paraná, contrário ao modelo proposto na gestão Bolsonaro, que prevê leilão por
menor tarifa com a cobrança de um aporte financeiro proporcional ao desconto
para a garantia de obras.
O tema voltou à pauta depois que, na semana passada,
Chiorato e outros deputados da antiga frente protocolaram um documento no
Ministério dos Transportes defendendo a revisão do modelo, e uma licitação por
menor tarifa sem limite de desconto ou cobrança de aporte. Eles alegam que, se
for mantido o modelo original, os descontos serão menores e as tarifas podem
ficar mais caras do que os contratos que se encerraram em 2021.
Na tentativa de assumir o controle da discussão, deputados
governistas proporam a criação de uma nova frente, alegando que a anterior
teria sido extinta com o fim da legislatura passada. Já os deputados contrários
ao modelo de pedágio proposto pelo governo Bolsonaro pediram a prorrogação da antiga
frente em 23 de janeiro. E também proporam a criação de um novo grupo para essa
legislatura.
Cobrança
A mesma posição foi reafirmada pelo líder do governo na Casa,
deputado Hussein Bakri (PSD). “Na minha opinião, se encerrou o período
legislativo acabou qualquer frente”, disse. Segundo Bakri, o pedido de
instalação da nova frente foi protocolado antes, e portanto, deve prevalecer.
Integrante da frente da última legislatura, o deputado
Luiz Cláudio Romanelli (PSD), que foi um dos subscritores do documento
apresentado ao ministério, também cobrou uma decisão da direção da Casa sobre o
assunto. “A Mesa Diretora tem que resolver a questão jurídica que envolve a
manutenção da frente parlamentar anterior ou a criação de uma nova”, disse.
“Nós queremos uma licitação pelo menor preço sem aporte, porque o aporte inibe
o desconto das tarifas. O modelo feito pelo governo anterior é para não ter
desconto. Se for implantado esse modelo, o pedágio poderá voltar 13% mais caro
do que o que encerrou em 2021”, alegou.
Fonte: Bem Paraná
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