domingo, 15 de janeiro de 2023

TSE pode julgar em março ação para cassar direitos políticos de Bolsonaro

 A avaliação entre ministros de cortes superiores é de que, inevitavelmente, o ex-chefe do Executivo será condenado

(Foto: Roque de Sá/Agência Senado | REUTERS/Adriano Machado)

247 - O andamento das ações que pedem a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá ser acelerado, informa o Valor Econômico

Segundo o jornal, a avaliação entre ministros de cortes superiores é de que, inevitavelmente, o ex-chefe do Executivo será condenado na esfera eleitoral. Há quem aposte que um julgamento possa acontecer já em março.

Bolsonaro responde a 15 Ações de Investigação Judicial Eleitoral. O ministro do TSE Benedito Gonçalves é responsável por todas elas. Há na Corte a expectativa de que a minuta golpista apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres seja anexada aos processos contra Bolsonaro que correm na justiça eleitoral. 

Uma das ações, apresentada pelo PT, trata da existência de um ecossistema de desinformação criado para beneficiar Bolsonaro nas redes sociais. 

A pedido da Procuradoria-geral da República, o ex-chefe do Executivo passou a ser investigado também pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com sua inclusão, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, nas apurações sobre os atos terroristas de bolsonaristas no último domingo (8) em Brasília. O motivo é um vídeo postado no Facebook de Bolsonaro que incita apoiadores do golpismo e do terrorismo. Moraes preside o TSE. 

O conteúdo em questão é um trecho de uma entrevista de um procurador do Mato Grosso do Sul chamado Felipe Marcelo Gimenez,  que disse a uma rádio de seu estado, em 10 de novembro do ano passado, que o presidente Lula não foi eleito pelo voto, mas “pelo sistema eleitoral” e que, por isso, as Forças Armadas deveriam “intervir no sistema político para reestabelecer a ordem”. 

A fake news contra o sistema eleitoral chegou a circular por redes como TikTok e Twitter no fim do ano passado, mas estava caindo no esquecimento até a noite de terça (10), quando Bolsonaro, seguido por 15 milhões de internautas no Facebook, repostou o vídeo. 


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