quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

PT do Paraná denuncia 80 pessoas por participação em atos golpistas no Estado

 

Acampamento golpista no Bacacheri: PT apresentou denúncia ao Ministério Público. Foto: Franklin de Freitas.

O PT do Paraná encaminhou na tarde de hoje um Pedido de Providências ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Paraná, após receber mais de 2.500 denúncias no canal de whatsapp disponibilizado pelo partido para identificar envolvidos em atos antidemocráticos em Brasília e no Estado. Para o presidente do PT-PR, deputado Arilson Chiorato, as cenas trágicas vistas em Brasília no dia 9 de janeiro não podem ficar impunes.

“Foi por isso que criamos este canal, para receber, inclusive, denúncias anônimas. Não podemos permitir que paranaenses saiam do nosso estado e façam com que a história do nosso país fique manchada por tamanha barbárie. Estamos colaborando na identificação desses terroristas para que paguem pelo patrimônio público que foi destruído e saibam o respeito que se deve ter à democracia e ao pacto federativo”, disse.

O advogado do PT-PR, Luiz Eduardo Peccinin, afirma que o canal foi importante para que muitas pessoas pudessem denunciar criminosos próximos, mas tinham medo de se identificar e sofrer ameaças e agressões. “Tomamos o cuidado de apenas utilizar informações públicas da imprensa e das redes sociais para fazer a relação. A grande maioria fazia questão de se gravar e postar com orgulho em suas redes os próprios crimes, o que facilitou nosso trabalho. Como partido político, é papel do PT colaborar com a proteção da democracia. Agora, esperamos que essas pessoas sejam investigadas e responsabilizadas no rigor da lei”, defendeu.

Foram identificados mais de 80 nomes entre os denunciados e as provas coletadas serão disponibilizadas apenas aos órgãos cabíveis.

No pedido, o partido afirma que os denunciados “participaram tanto direta e ativamente no dia 08 de janeiro de 2023, atuando pessoalmente nas manifestações golpistas na capital federal ou indireta e remotamente, através da convocação, organização, planejamento ou financiamento dos atos perpetrados, inclusive nos acampamentos instalados em frente aos quarteis do exército brasileiro desde o dia 30 de outubro de 2022, locais onde foram planejados e preparados os atos violentos”.

A legenda explica que “apenas coletou informações públicas para formalização da presente notícia, extraídas da imprensa, internet, páginas das redes sociais que denunciaram os golpistas (p. ex. canal ‘Contragolpe Brasil’3) e, em maior parte, nos perfis dos próprios NOTICIADOS, que surpreendentemente divulgavam seus crimes com orgulho aos demais simpatizantes”.

Fonte: Bem Paraná

 

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