Com a nova expansão, o Programa Municipal Horta Solidária já chega a 40 regiões de Apucarana. Além de alimento saudável e da geração de renda, a iniciativa garante atividades de promoção da saúde e terapêuticas, inclusão e bem-estar social para cerca de 800 pessoas. As hortas estão espalhadas em espaços públicos, como unidades básicas de saúde, e em instituições parceiras.
O Programa Municipal de Hortas Solidárias faz parte do Programa Municipal de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf). “Já existem 36 hortas implantadas e vamos agora levar a iniciativa para mais quatro espaços, que são as unidades básicas de saúde do Jardim das Flores, Jardim Colonial, do Distrito do Pirapó e no Centro de Apoio Social ao Adolescente (C.A.S.A)”, anuncia o prefeito Junior da Femac, lembrando que no ano passado o programa recebeu o Prêmio Gestor Público do Paraná.
A secretária Municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, afirma que o embrião do programa foi a horta implantada em 2019 junto ao Espaço Empreender, que ocupa uma área anexa ao antigo IBC da Vila Nova. “Foi a unidade-piloto que acabou inspirando as demais iniciativas. Depois, ocorreu a expansão do programa e um dos braços é a Horta Acolher que funciona junto a unidades básicas de saúde”, asssinala Denise.
EFEITOS TERAPÊUTICOS – A Horta Acolher já funciona em nove unidades básicas de saúde e será levada para mais três UBSs, situadas no Jardim Colonial, no Jardim das Flores e no Distrito do Pirapó. “As hortas são um espaço compartilhado, que atendem pacientes encaminhados por profissionais da residência multiprofissional, como psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, dentista e nutricionista”, explica Bete Berton, superintendente da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família.
Andressa de Andrade Petrulhu, psicóloga residente na UBS Leopoldo Hartwig Junior, localizada na região da Vila Nova, afirma que as atividades visam o fortalecimento psicológico e emocional. “Mexer com a terra e com as plantas têm um efeito importante na saúde mental. Encaminhamos desde quadros de depressão e ansiedade e também quando há um relato de uma pessoa que fica muito sozinha em casa e quer uma ocupação para se sentir mais útil”, exemplifica Andressa.
Dona Benedita Virgínia Vieira tem 80 anos e freqüenta a horta que funciona junto da UBS Leopoldo Hartwig Junior. “Ajudo a cultivar cenoura, salsinha, cebolinha, repolho, jiló e berinjela. Isso é uma distração prá mim e faz muito bem prá saúde”, conta Benedita que mora no Jardim Tibagi, bairro localizado nas imediações da UBS.
GERAÇÃO DE RENDA – Maura Aparecida Fernandes de Oliveira, coordenadora do Programa de Hortas Solidárias, explica que as atividades são desenvolvidas de forma compartilhada, desde o plantio, a rega e demais manejos até a colheita que é realizada de forma coletiva. “A gente nota um desejo das pessoas de saírem da tristeza, de serem acolhidas e integradas socialmente. Os participantes vão para casa com novo ânimo e vemos a alegria quando levam o alimento que ajudaram a produzir”, relata Maura.
Muitos participantes, além de levar as hortaliças para o consumo, também comercializam o excedente. É o caso de Dirce de Fátima da Silva que, junto do marido, trabalha diariamente na horta situada no IBC da Vila Nova. “Vendo de casa em casa, no Espaço Empreender e também nas feiras da Economia Solidária”, afirma Dirce, acrescentando que consegue obter uma renda de até R$ 600 por semana.
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