segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Lula quer esperar nova diretoria da Petrobrás para tomar decisão sobre combustíveis, diz Haddad

 Haddad disse, ainda, que na transição o governo eleito pediu ao governo Bolsonaro que se abstivesse de tomar medidas que oneram as contas públicas, mas que o apelo foi ignorado

Futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters -O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer esperar a posse da nova diretoria da Petrobras para tomar uma decisão sobre combustíveis, após o novo governo ter prorrogado a desoneração de combustíveis por dois meses para gasolina e álcool e por um ano para outros insumos.

"Ele quer tomar essa decisão quando a diretoria tomar posse. (...) O presidente pediu isso, porque ele quer discutir isso conjuntamente com a nova diretoria da empresa", disse Haddad a jornalistas após a sua cerimônia de posse, ressaltando o atraso na transição imposto pela lei das estatais.

Medida Provisória publicada nesta segunda reduziu a zero alíquotas de PIS/Cofins para diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) até 31 de dezembro de 2023. A MP também zerou as alíquotas do tributo para gasolina e etanol até 28 de fevereiro de 2023.

Haddad disse, ainda, que na transição o governo eleito pediu ao governo Bolsonaro que se abstivesse de tomar medidas que oneram as contas públicas, mas que o apelo foi ignorado.

Sua estimativa é que medidas adotadas no apagar das luzes de 2022 têm um custo de 10 a 15 bilhões de reais, porque parte delas teriam impedimento legal de serem recompostas imediatamente por se tratarem de uma recomposição tributária.

"A estimativa é entre 10 e 15 bilhões de reais, considerando o que nós imaginamos hoje que é irrecuperável, a não ser que haja uma suspensão das medidas pelo Judiciário", afirmou.

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