Segundo o colunista Alvaro Gribel, presidente continua "tropeçando na economia"
247 – O jornal O Globo, por meio do colunista Alvaro Gribel, criticou o teor da entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à GloboNews, no que diz respeito à economia, embora tenha elogiado sua postura em relação à democracia e aos militares.
"Os problemas, na conversa com a jornalista Natuza Nery, apareceram apenas na área econômica. Nesse assunto, Lula continua errando grosseiramente, misturando conceitos, e o principal: colocando como objetivos antagônicos o combate à pobreza e a austeridade fiscal. De forma indireta, Lula segue o mesmo roteiro usado em 2014 na campanha de Dilma contra a então candidata presidencial Marina Silva, que foi acusada de tirar a comida do pobre, ao defender a independência do Banco Central", escreveu o jornalista.
"Na entrevista, ao falar da independência do Banco, Lula criticou os juros e a inflação elevados e indagou: 'Por que o Banco é independente e a inflação está do jeito que está e os juros estão do que jeito que estão?' Mas o pior veio a seguir, quando falou da meta de inflação e sugeriu um número mais alto: 'Você estabeleceu uma meta de inflação de 3,7% (na verdade é 3,25%) e quando faz isso é obrigado a arrochar mais a economia para poder atingir a meta. Por que não 4,5%, como nós fizemos?'. Mexer na meta agora irá apenas minar a credibilidade do seu próprio governo", acrescentou.
Gribel também criticou a fala de Lula sobre aumento da tributação dos mais ricos. "[Lula] indicou que a maior parte do ajuste virá pela reforma tributária, e cobrou que os ricos paguem mais impostos para melhorar as finanças do Estado. A carga do país, na verdade, já é elevada, e embora seja necessário um reequilíbrio dos impostos, não será dessa forma que o país voltará a ter superávit", pontuou. "Até aqui, tudo indica que o caminho econômico de Lula está mais próximo de Dilma do que de seu primeiro mandato", finalizou.
O Globo apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política de Lula para que Michel Temer, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes aplicassem um choque neoliberal na economia, que produziu estagnação econômica e trouxe de volta a fome ao Brasil.
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