Mais de 50 ônibus foram utilizados para carregar os bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília
(Foto: Reprodução)
247 — Cerca de 1,2 mil bolsonaristas que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, foram levados para o ginásio da Academia Nacional
da Polícia Federal, na tarde desta segunda-feira, 9, após serem detidos em operação realizada pela Polícia Militar do Distrito Federal e o Exército.
A operação é decorrente de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o fim dos acampamentos após as invasões golpistas ao Congresso Nacional e os ataques ao Palácio do Planalto e à sede do Supremo.
Segundo o G1, mais de 50 ônibus foram utilizados para carregar os bolsonaristas, que foram inicialmente levados para a Superintendência da PF. Agora, no ginásio, os bolsonaristas formam uma longa fila e passam por triagem. Os bolsonaristas também foram revistados.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que “o pior já passou”, ao comentar as invasões ao Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal cometidas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, cerca de 1.500 pessoas foram presas somente em Brasília (DF).
Em coletiva de imprensa na capital federal, o titular da pasta disse que o terrorismo praticado por bolsonaristas é a “materialização do discurso de ódio”. O ministro criticou a “irresponsabilidade criminosa” de quem financiou e estimulou os atos de vandalismo. De acordo com o ministro, “o extremismo foi derrotado”. “Teremos instauração de pelo menos três novos inquéritos: um para ataques ao Congresso, outro ao Planalto e outro de ataques ao Supremo Tribunal Federal. Apuração sobre financiadores, instigadores”.
“Havia financiamento. Temos relação de contratantes dos ônibus. Essas pessoas serão chamadas a prestar esclarecimentos. Investigação rigorosa. Há uma cadeia de eventos atípicos”, acrescentou.
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